Existe uma ansiedade
visível desde o início do 1º ano, tanto por parte dos pais quanto dos alunos,
no aprendizado da letra cursiva. Porém, a cada ano que passa, tenho mais
segurança em afirmar que há muitas habilidades para se adquirir, antes de ter a
mãozinha retorcendo para dar conta da letra que sobe, que desce, que dá
voltinha...
Não se deve antecipar o
processo de ensino da escrita. Quando exigimos da criança que comece a escrever
antes de ela ter a maturidade motora e cognitiva necessárias, o resultado tende
a ser frustração, o que pode comprometer o sucesso escolar no futuro.
Precisamos levar em
consideração dois fatores importantes:
· A LETRA CURSIVA
exige uma habilidade mecânica, um desenvolvimento motor e não somente
cognitivo. Assim, a criança pode já estar alfabetizada e ainda ter dificuldades
em sua aquisição.
· A maturidade motora
não chega ao mesmo tempo a todos os alunos. Por isso, é preciso saber esperar e
identificar o ritmo e desenvolvimento de cada aluno, respeitando o seu tempo.
O educador João
Batista Oliveira, especialista em alfabetização, diz que a prática é importante
para tornar a escrita mais fluente, o que é essencial para o aluno escrever
"em tempo real" e, assim, acompanhar a escola. Assim, torna-se
necessário, para que os alunos tenham êxito na escrita cursiva, que a escola e
famílias trabalhem em parceria, estimulando e proporcionando momentos para que
as crianças “aperfeiçoem essa arte”, pois “quanto mais estimulados somos,
melhor aprendemos”.